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2001 - Hoje é domingo, é alegria. Vamos sorrir e cantar!

Desfile
2ª escola a desfilar | 25/02/01 | Passarela do Samba
Resultado
8ª colocada no Grupo Especial (LIESA) com 286 pontos

FICHA TÉCNICA

Presidente
Nésiéo Nascimento

Autor do Enredo

Orlando Júnior

Carnavalesco

Orlando Júnior
Direção de Harmonia
Ney Nascimento
Direção de Bateria
Mestre Dacopê
Rainha de Bateria
Carla Perez, Babi, Adriana Bombom, Fabiana Andrade, Adriana Perete.
1º casal de mestre-sala e porta-bandeira
Danielle Nascimento e Julinho

2º casal de mestre-sala e porta-bandeira

Camilla e Vinicius
Responsável pela comissão de frente
Roberto Lima

Componentes

3.600

Alegorias

08

Alas

30

SINOPSE DO ENREDO

Nº 1 - DO MENINO AO CAMELÔ

Filho de imigrantes gregos de poucos recursos, Silvio Santos, o menino que nasceu na Lapa boêmia, mostra-se desde cedo um visionário, onde, circunstâncias adversas e obstáculos sempre foram superados por uma tenacidade fora do comum, pela certeza de progredir, do desejo de ganhar dinheiro, aliado a uma imaginação fértil em permanente ebulição, sempre acompanhado pela sorte..., muita sorte.

Ainda menino, andando pela Avenida Rio Branco, observa um camelô vendendo, com enorme facilidade, carteirinhas plásticas porta-títulos de eleitor por 5 mil réis e, seguindo-o, verificou que o mesmo as comprava por 2 mil réis do atacadista, na Rua Buenos Aires. Comprou, então uma carteirinha, com uma moeda de 2 mil réis, e saiu pela avenida vendendo-a dizendo ser a última. Foi buscar mais duas. Assim nascia o camelô que fazia ponto na Avenida Rio Branco com Rua do Ouvidor. Aquela moeda de 2 mil réis com a qual comprou o 1º porta-título, é a versão tupiniquim da moeda da sorte do "Tio Patinhas".

Um dia o "rapa" chegou e Silvio Santos não conseguiu fugir a tempo, porém, ao invés de ser levado para o Juizado de Menores, o Diretor de Fiscalização da Prefeitura, Renato Meira Lima, percebendo tratar-se de um estudante que se expressava corretamente e de "boa voz", deu-lhe um cartão para que procurasse um amigo na Rádio Guanabara, onde estava se realizando um concurso de locutores, do qual participam em torno de 300 candidatos. Nesse concurso estavam inscritos rapazes que tornaram-se famosas figuras do mundo artístico, como Chico Anísio, José Vasconcelos, Celso Teixeira, entre outros. Silvio Santos foi o primeiro colocado, sendo admitido como locutor. Por ser o salário mensal na rádio inferior ao que ele ganhava em menos de uma semana como camelô, após um mês pede demissão e volta para a Avenida Rio Branco.

Ao lado de seu irmão Léo, durante o o desfile das Escolas de Samba, à época realizados na Avenida Rio Branco, onde apenas um cordão de isolamento separava o público dos desfilantes, dado a grande afluência do público que se formava na avenida, as pessoas que ficavam posicionadas mais atrás do isolamento, pouco ou nada conseguiam enxergar, surgindo daí a idéia de levaram vários caixotes para a avenida, onde os alugavam para que parte da platéia, pudesse assistir as apresentações das Escolas de Samba de então.

Nº 2 - DO PARAQUEDISTA À BARCA - Chegando em São Paulo<

Aos 18 anos, chegado o momento do serviço militar, Silvio Santos, amante confesso de emoções fortes, alistou-se na Escola de Paraquedista do Exército, em Deodoro, e nos dias de folga volta a trabalhar em rádio, com Silveira Lima, na Rádio Mauá. Ao dar baixa no Exército, transfere-se para a rádio Tupi, "aposentando" definitivamente o camelô.

Trabalhando em Niterói, na Continental, todas as noites embarcava na última barca com destino ao Rio, próximo à meia-noite, ao lado de bailarinas que trabalhavam em dancings e cabarés, surgindo a idéia de sonorizar a barca para animar viagens. Pede demissão, e com o dinheiro da indenização vai a casa de eletrodoméstico J. Isnard comprar o equipamento. Faz uma proposta onde a loja lhe cederia todo o equipamento necessário para sonorizar a Barca Cantareira, e ele, por um ano faria anúncios do refrigerardor "Climax", do qual eram revendedores exclusivos. Toparam. Nasce o homem de negócios, chefe de seu próprio empreendimento.

Passa a vender anúncios aos comerciantes do Rio e de Niterói. Aos domingos a barca ia a Paquetá levar turistas, numa viagem que durava duas horas, o que deixava todo mundo impaciente. Ao ligar o sistema de som, muitos passageiros punham-se a dançar e Silvio Santos percebe que o consumo de água nos bebedouros aumentava freneticamente. Mãos a obra.

Vai a Cia. Antártica, que lhe empresta um balcão de madeira e tinas de gelo, e começa a vender cerveja e guaraná na barca.

Cria uma promoção onde para cada cerveja e refrigerante comprado, o cliente recebia um lápis e uma cartela de bingo. No meio da viagem parava a música e o pessoal sentava nos bancos e começava o jogo, que distribuia prêmios como bolsas de plástico, quadros e jarras. O negócio se desenvolveu tanto, que, Silvio Santos se tornou o cliente que mais vendia guaraná e cerveja Antártica, no mercado do Rio de Janeiro.

Até que um dia a barca sofre um acidente e os reparos demorariam alguns meses para serem concluídos, deixando o bingo literalmente no estaleiro.

Silvio Santos vai a São Paulo, e lá encontra-se com um colega com o qual havia trabalhado na Rádio Tupi, que lhe diz que a Rádio Nacional de São Paulo estava precisando de locutor. Acerta por 3 meses e como o bar montado na barca estava se perdendo no estaleiro, aluga um salãozinho ao lado da rádio, onde instala-o, criando um "ponto dos artistas".

Nesse período, cria uma revista chamada "Brincadeiras para Você", cujo conteúdo apresentava palavras cruzadas, charadas, anedotas, etc...

Nº 3 - LIDERANDO A AUDIÊNCIA - do Circo à TV

Começa a fazer shows em circos, onde apresenta os artistas, conta piadas, canta, aflorando a facilidade de se comunicar com a platéia. Surge o animador.

Manoel da Nóbrega convida Silvio Santos para ser o animador do famoso quadro "Cadeira de Barbeiro", em substituição a Hélio de Souza, que acabara de deixar a Rádio Nacional.

Pela timidez e também por uma hipersensibilidade à luz, Silvio Santos é apelidado por Ronald Golias de "peru", e Manoel da Nóbrega aproveita o gancho para anunciá-lo como "Silvio Santos o Peru que fala".

Formou uma grande caravana de artistas, que passou a ser chamada de "A caravana do Peru que Fala".

Em sérias dificuldades surgidas pela má fé de um sócio alemão, Manoel da Nóbrega solicita que Silvio Santos interceda perante os clientes lesados, garantindo que todos seriam ressarcidos de seus prejuízos junto ao Baú da Felicidade, que à época tratava-se de um baú de brinquedos, onde os clientes pagavam parcelas antecipadas e recebiam o produto por ocasião do Natal. Ao invés de encerrar as atividades do Baú da Felicidade, Silvio Santos propõem sociedade à Manoel da Nóbrega, e reformula sua gestão.

Durante os 4 anos em que foram sócios, Manoel da Nóbrega nunca foi ao Baú e, mesmo com todo o progresso alcançado pela empresa, decide afastar-se, sem querer nada em troca, cedendo sua parte a Silvio Santos. por fim aceita receber o dinheiro que lá investiu.

Em 1964, Silvio Santos lança-se na televisão como animador, na TV Globo, canal 5 de São Paulo. O programa cresceu, tomou conta das tardes de domingo, dando origem ao programa que todo brasileiro conhece, o "Programa Silvio Santos", que por mais de 13 anos ocupou 9 horas da programação dominical da Globo, além das 5 horas semanais na extinta TV Tupi, canal 4 de São Paulo.

Animando o auditório, ao lado das colegas de trabalho, tornando-se realidade o bordão "Domingo é dia de Alegria", Silvio Santos eterniza-se em quadros que se tornaram clássicos da TV brasileira, como Peão da Casa Própria, Programa de Calouros, Qual é a música?, Cidade x Cidade, Quem sabe mais o homem ou a mulher?, Namoro na TV, Boa noite Cinderela, Domingo no parque, Os galãs cantam e dançam aos domingos, Porta da Esperança, Câmera Escondida, Quem quer dinheiro?, Tentação, Em Nome do Amor, Show do Milhão. 
Mantendo estilo sempre elegante, nunca deixou propagar o termo SILVETES, para referir-se as assistentes de palco, apresentando-as como as TELEMOÇAS

Nº 4 - A SORTE ESTÁ LANÇADA
Profundo conhecedor da "alma brasileira", desde o início de sua trajetória o aspecto lúdico o acompanha permanentemente, quer com o Zé Apostador, seu primeiro garoto propaganda do carnê, quer com produtos, como a TELESENA, como também em quadros e programas televisivos, como Roletrando, Tentação, Show do Milhão, entre tantos.

Criador de frases e bordões que se eternizam, tais como "É com você Lombardi, Róoque, francamente, é namoro ou amizade?", sem dúvida se superou ao criar um novo estado civil no Brasil, o tico-tico no fubá. (É solteiro, casado ou tico-tico no fubá?)

Entusiasta do Carnaval, gravou diversas marchinhas carnavalescas, entre as quais destacam-se: A pipa do vovô não sobe mais, Coração Corinthiano, A bruxa vem aí, É hora de brincar, A marcha do barrigudinho e Dig Dim.

Há 21 anos formou o Sistema Brasileiro de Televisão - SBT, hoje a 2ª maior rede de TV do país, tendo em seus quadros alguns dos maiores ícones do meio artístico nacional, tais como Hebe Camargo, Ronald Golias, Gugu Liberato, Carlos Alberto da Nóbrega, Moacyr Franco, Dercy Gonçalves, entre tantos outros.

Silvio Santos, através de seu talento e carisma, conseguiu transformar o camelô, não só no maior comunicador deste país, como também em um dos seus maiores empresários, sendo os frutos mais visíveis deste baú, o Complexo Anhaguera, o Banco Panamericano, o Provedor SOL, a Vimave Veículos, a Liderança Capitalização, o Teatro Imprensa, que juntos aos SBT e a BF Utilidades Domésticas, formam o Grupo Silvio Santos.

Em 1989, a menos de 1 mês das eleições que iria eleger o 1º Presidente por voto direto após quase 30 anos, Silvio Santos é lançado candidato, e em que pese o fato da campanha estar nas ruas há 4 meses, a cédula eleitoral não conter o seu nome, e tendo pouco mais de um minuto por dia para expor sua plataforma eleitoral e o número do candidato que corresponderia a votar em si (26), em menos de 20 dias, todas as pesquisas projetavam a sua ida para o 2º turno das eleições. Sua candidatura acabou sendo impugnada antes do pleito. Realmente a sorte insiste em acompanhar este menino.

E o Troféu Imprensa na categoria "Conjunto da Obra", vai para: 

SILVIO SANTOS

SAMBA DE ENREDO

compositores
Adalto Magalha e Lourenço
intérprete
Celino Dias

Olha que glória, que beleza de destino
Pra esse menino Deus reservou, ô ô
Ele cresceu, ele venceu, vive sorrindo
Com muito orgulho foi camelô
Nasceu na Lapa
No Rio de Janeiro
Esse artista é o enredo da nossa Tradição
Foi do rádio minha gente
Hoje na televisão, oi, patrão
Faz o dia mais contente, a alegria do povão


Qual é o preço Lombardi, diz aí (hahaê)
Qual é a música quem sabe, canta aí
Quem quer dinheiro?
O aviãozinho vai subir


Minhas colegas de trabalho 
Que beleza de auditório
Abre a Porta da Esperança
É Namoro na TV
Boa noite, Cinderela
Gosto de você
Em Nome do Amor,
Eu quero morrer de prazer


Laiá laiá oi
Laiá laiá oi
É um Baú de Felicidade


Vamos cantar
Vamos brincar
Vamos sorrir
É domingo é alegria

Silvio Santos vem aí

GRES Tradição 2001
01:14:32
Apuração Especal RJ 2001
16:37
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