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1994 - Passarinho, passarola, quero ver voar

Desfile
2ª escola a desfilar | 14/02/94 | Passarela do Samba
Resultado
6ª colocada no Grupo Especial (LIESA) com 291 pontos

FICHA TÉCNICA

Presidente
Nésio Nascimento

Autor do Enredo

Lícia Lacerda

Carnavalesco

Lícia Lacerda
Direção de Harmonia
Jorge Paes Leme
Direção de Bateria
Mestre Dacopê
Rainha de Bateria
Luma de Oliveira
1º casal de mestre-sala e porta-bandeira
Danielle Nascimento e Julinho
Responsável pela comissão de frente
Roberto Lima

Componentes

3.500

Alegorias

10

SINOPSE DO ENREDO

"Eu me detinha horas e horas a contemplar o belo céu brasileiro e a admirar a facilidade com que as aves, com suas longas asas abertas, atingiam as grandes alturas. Assim meditando sobre a exploração do grande oceano celeste, por minha vez eu criava aeronaves e inventava máquinas. Tais devaneios eu os guardava comigo".
Santos Dumont


"Ah, quem me dera voar!" Quem neste mundo nunca teve este sonho? Imaginar-se como belos seres livres e alados, alcançar os astros, integrar-se com o universo. Andar, correr, nadar, não basta. O homem quer ser completo e livre e, para isso, ele sonha.

A Tradição traz para a passarela seus passageiros-passistas, vestindo a tradição do sonho de voar. "Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar!" trata do sonho, tão remoto quanto o próprio homem, de voar livre pelos céus. Mitos, lendas que surgem da observação dos pássaros se transformam em inventos como a "passarola", trajes voadores, conquistas tecnológicas, em direção ao sonho. Hoje, este sonho já é possível, as incríveis máquinas voadoras permitem o deslocamento do homem no espaço. A lua é um local de pouso mas, como ainda não somos pássaros, o sonho continua.

1ª Parte: O pássaro voa? Voa!

Não é difícil imaginar os primitivos povos observando criaturas aladas pelos ares e pensando por que não tinham sido abençoados com asas para poderem sobrevoar rios e montanhas, vendo o mundo com olhos de pássaros. O céu era sua fonte de saber, pois o movimento dos astros facilitava a previsão de estações e a época de plantio e colheita. Assim, observavam o céu e queriam atingi-lo. Atingi-lo, como os deuses eram capazes, já que os mortais não tinham como tornar seus sonhos realidade.

As figuras mitológicas possuíam poderes fantásticos inclusive o de transportar os homens. Voar livre como os pássaros era o sonho.

2ª Parte: O Homem há de voar!

Esta profecia de Júlio Verne sintetiza a segunda parte do enredo. O mito de Dédalo e Ícaro é apenas uma expressão do sonho de ter asas e fazer uma viagem ao paraíso. Ora, se o homem não as possui, por que não construí-las? Imaginando, desenhando, projetando suas máquinas voadoras e suas asas artificiais, o homem continua firme em seus sonhos. A fantasia se expressa na literatura, texto de ficção científica transportando a imaginação em navios espaciais.

Acreditar na realização do sonho é essencial. O brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão chega a tentar persuadir o rei de Portugal a financiar seu sonho: "a passarola". Embora não tenha tido sucesso, o sonho agora é uma certeza: o homem há de voar.

3ª Parte: O Homem voa? Voa!

Antes desta afirmação de Santos Dumont tornar-se realidade, o homem percorreu um longo caminho. Bartolomeu de Gusmão lança aos ares um modelo de balão, mas o invento não rende ao seu autor a paternidade histórica dos aeróstatos. Esta acabou indo para os irmãos franceses Montgolfier que, em 1783, fizeram subir um balão de ar quente diante dos olhos maravilhados de Luís XVI e Maria Antonieta.

Os balões satisfaziam em parte à concretização do sonho mas, insatisfeito, o homem quer mais, deseja um meio de voar com controle de direção, pois o vento nem sempre segue a direção que se deseja. A pesquisa continua. Surgem os dirigíveis, os pára-quedas e os primeiros projetos de avião.

Finalmente, em outubro de 1901, o n° 6 de Santos Dumont contorna a Torre Eiffel e a multidão ovaciona delirantemente o herói. O feito é repetido com o 14 Bis e, agora sim, o homem voa.

4ª Parte: Do avião à asa-delta: Quero ver voar!

Um cosmonauta gira em torno da Terra em uma nave espacial. Em dado momento, sai do seu refúgio e passeia entre as estrelas. Imagens como esta surgem com facilidade na mente to homem moderno, pois as viagens espaciais já se tornaram realidade.

O homem de visão continua a sonhar. A conquista espacial alimenta ainda mais a imaginação tornando os vôos literários mais audazes. Ciência e arte unem-se numa verdadeira ponte-aérea.

O espírito de aventura dos pioneiros da aviação mantém-se firme e forte, e o céu carioca é o espaço ideal para a realização de seus feitos. São esportistas movidos por boas doses de aventura e coragem que voam como pássaros livres sobre as belas paisagens da cidade.

Lícia Lacerda

SAMBA DE ENREDO

compositores
Jajá Maravilha, Aniceto, Tonho, Sandro, Jurandir, Jorge Makumba e Lourenço
intérprete
Edmilton Almeida (Edmilton di Bem)

Desde o começar dos tempos...
Eu ficava observando a passarada revoar
E tive um sonho infinito, ir além do infinito...
As estrela ir buscar...
Conta a mitologia... De carruagem
"Apolo" o céu vai alcançar
"Pegasus" levava os deuses
Pra no "Paraíso" repousar
Meus sonhos não tem limites
Sou bicho homem vivo a devanear...
"Passarinho, passarola, Quero ver voar"
Quero ver voar
Com sua pena, profetizava o escritor
Revolucionava com seus projetos o pintor

Será verdade?
Ícaro marcou bobeira
Viajando para o Sol
Com um par de asas de cera


Incrível! Fantástico
Com meus balões encantei Paris
Deixando o mundo deslumbrado
Decola o "14 Bis"
Da minha nave eu vi que "a Terra é azul"
Voei bem alto, "já pousei na Lua"
Hoje com a Tradição no coração
Voando pra qualquer lugar eu vou

Vou voar de asa delta
O céu do meu Rio de Janeiro
Vou voar
Delirar com a natureza
Refletir no espelho azul do mar

GRES Tradição 1994 M
01:22:39
GRES Tradição 1994 G
01:09:05
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